3 de novembro de 2010

Aprimorar segundo idioma pode ser decisivo para crescimento na carreira

Dominar um segundo idioma tornou-se um passo decisivo para que profissionais, principalmente em cargos mais elevados, consigam boas qualificações ou mantenham-se no mercado de trabalho. Inglês, Espanhol, Francês e até o Mandarim são cada vez mais requisitados em processos seletivos para cargos gerenciais.

De acordo com um levantamento da empresa de pesquisas HR, realizada com 130 organizações, 70% das empresas requerem profissionais para o cargo de analista com fluência em outro idioma.

Segundo a professora taiwanesa Ho Mien Mien, sócia e diretora da Outliers Professional Language School, escola especializada no treinamento de idiomas para executivos, mesmo com essa exigência, é comum verificar erros cometidos ao aplicar o inglês em uma negociação, na elaboração de um relatório, em um simples e-mail ou nas apresentações.

"É comum às pessoas falarem que tem fluência no inglês, porém engasgam quando precisam usá-lo em situações profissionais que exigem os termos específicos da sua área de atuação".

A professora aborda ainda que há também os casos de confusão de escrita ou de utilização dos falsos cognatos. "Por exemplo, a pessoa que deseja falar 'We may loose customers if we increase the prices'.

Colocando loose que significa soltar e afrouxar, em vez de usar lose que é perder. Ou seja, ela está escrevendo 'Nós podemos afrouxar o cliente se aumentarmos os preços'. Isto não gera uma grande confusão no entendimento, mas não é adequado escrever errado dentro de um ambiente profissional", explica a professora.

Por isso, aprimorar o segundo idioma é tão importante quanto aprendê-lo. Através dele é possível minimizar falha nos diálogos e até conquistar importantes fechamentos de negócios.

Nélio Georgini, diretor do Curso de idiomas ER, personalizado para profissionais e executivos, relata que deve-se aproveitar o cenário internacional favorável para o aprimoramento em outro idioma. "No contexto atual, todos devem ter habilidades para se expressar em língua inglesa tanto em cargos operacionais quanto em cargos gerenciais, já que o Brasil está muito bem cotado no cenário internacional".

Escolas específicas

Atualmente, existem escolas especializadas no aperfeiçoamento do segundo idioma para executivos. Augusto Rocha, diretor-geral da Outliers, escola que oferece esse modelo de ensino, explica que as aulas são inseridas na realidade do aluno, apresentando vocabulários e situações do dia a dia.

"Um engenheiro químico não utiliza as mesmas expressões ou termos que um profissional de recursos humanos. Por isso, a presença de professores que já atuaram na mesma área profissional do aluno colabora para uma assimilação mais fácil de como aplicar e desenvolver o vocabulário". indaga o professor.

Nélio Georgini explica também que o alvo principal de procura está no aperfeiçoamento da parte oral. "Pela celeridade da troca de informações, os executivos estão mais expostos ao uso da habilidade oral e a interação via e-mail que se assemelha bastante com o uso da língua oral. Consequentemente, o foco na habilidade oral é mais otimizado nos cursos", conclui o diretor do Curso de idiomas ER. 
 
Fonte: Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com.br

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